Imagem © Untitled (2017) por Pedro Victor Brandão
Por Andrea Pavoni (Dinâmia’CET, ISCTE-IUL) e Simone Tulumello (Universidade de Lisboa, Instituto de Ciências Sociais)
Perguntar “o que é a violência urbana” pode parecer, logo, uma tarefa redundante. Afinal, não se encontra a violência urbana a todo lado, nas silenciosas cidades de fronteira como nos caóticos centros urbanos, no florescer de favelas, bairros informais e condomínios fechados, como no escuro dos becos, na agitação de protestos, nos bairros em gentrificação e nos que estão a ser abandonados, nas formas futurísticas dos centros direcionais, nas verdes avenidas residenciais e nos bairros sociais estigmatizados? Pela variedade e multiplicidade de formas com as quais a violência urbana é debatida, apropriada, contada, dramatizada, produzida e reproduzida no mundo urbano contemporâneo, a tentativa de enclausura-la com uma definição coerente pode parecer, como frisou a Sophie Body-Gendrot, “uma tarefa utópica, se não impossível
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