Museologia social e violência em contextos de instituições de memória
É reconhecido que as diferenças de cada comunidade fazem com as respostas às formas de violência sejam trabalhadas de formas diferentes por cada comunidade. Ao abrir-se um programa de pesquisas próximo das comunidades alvo das violências, implica que os pesquisadores estema preparados para trabalhar com a diversidade. Tem que ser encontradas respostas adequadas a cada contexto cultural e social de cada comunidade. Este tipo de programas, incluem-se dentro dos procedimentos das epistemologias meridionais, que se diferenciam das necessidades de pesquisa das academias.
Os processos de pesquisa exigem tempos específicos, para compreender problemas específicos, o que muitas vezes obriga ao questionamento dos valores, nossos e dos outros, a partir dos quais se pode reconstruir inovação no conhecimento.
Em suma a prática da alteridade que a diversidade cultural exige, apresenta um potencial de aumentar a profundidade e a extensão do entendimento dos territórios culturais das comunidades.
Pensar a partir da ontologia da comunidade, não é apenas aplicar a a capacidade de escutar o outro. É partir dessa escuta para construir inovação. Se considerarmos os processos sociais como fluxos rizomáticos, há que pensar que a busca de fluxos inovadores para da criação de viva. E entre as possibilidades de escolha de caminhos, há que fazer opções por aqueles que se apresentam como geradores de vida (cidades de sementes).
A museologia social e as suas instituições deverá pensar-se como instituição educacional para a formação de seres humanos, e não como lugar de construção de narrativas hegemónicas ou de criação de tecnicidades.