As aprendizagens expansivas trabalham no reino da probabilidade infinita, mobilizando a criatividade e as metodologias de resolução de problemas. As aprendizagens expansivas surge na teoria da educação no final dos anos oitenta, o norte da Europa, influenciada pelos estudos de então psicologia da escola soviética (a corrente histórico-cultural de Vygotsky, Leontiev, Ilyenkov e Davydov). Uma corrente que hoje encontra acolhimento no que temos vindo a classificar como neurociência social. Em termos muito simples, defende-se que as aprendizagens, tal como o conhecimento resultam da estrutura biológica do cérbero e da atividade social (na dialética chamava-se histórico-cultural). Mente e Cérebro, com estudou Searle, não são dos objetos distintos, mas interdependentes.
As aprendizagens lineares têm como paradigma a aprendizagem do Livro. É uma aprendizagem do mundo conhecido. Parte da experiência vivenciada, integra no conhecimento humano pré-existente, construindo novos conhecimentos a partir dessa base. É um conhecimento arborescente, evoluindo a partir dum tronco comum, ilustrado pela metáfora da árvore, onde cada ramo representa uma disciplina científica, que esclarece um determinado tipo de problemas.
Os estudos baseados nesta teoria orientam-se para várias linhas de pesquisa:
- A aprendizagem como transformação do objeto;
- A aprendizagem expansiva como movimento na zona de desenvolvimento proximal;
- A aprendizagem expansiva como ciclo de ações de aprendizagem;
- A aprendizagem expansiva como cruzamento de fronteiras e construção de redes;
- A aprendizagem expansiva como movimento distribuído e descontínuo e intervenções formativas.
As teorias da aprendizagem expansiva tem como objetivo entender como é que as aprendizagens se desenvolvem como processo ao longo da vida e ajudam os profissionais a gerar novas aprendizagens, incluindo as novas questões que a humanidade está a enfrentar. Por exemplo, o aquecimento global, a extinção biológica, o crescimento demográfico, a escassez de água potável, etc.
A teoria da aprendizagem expansiva forma-se a partir de análises de baixo para cima, e de fora para dentro, pensando as aprendizagens como redes de sistema de atividade e comunicação, interconectados com objetos compartilhados ou parcialmente e frequentemente contestados. Trata-se de objetos subjetivos que são analisados pela experiência sensorial, pela emoção, pela personificação, identidade e compromisso moral, através da metodologia da Intersubjetividade.
Bibliografia
Yrjö, Engeström, Annalisa, Sannino (2010). Studies of expansive learning: Foundations, findings and future challenges, in Educational Research Rview, Volume 5, Issue 1, 2010, Pages 1-24 .