A URSS não resistiu ao impacto da crise económica e ao seu imobilismo burocrático. Colapsará em 1989-1991, demonstrando que a sua economia estava mais inserida no mercado mundial do que se supunha[1].
Com humor, num texto jornalístico que já aqui citámos, Gabriel Garcia Márquez descreve a economia soviética onde havia a bomba nuclear mas não havia sapatos para todo a gente: «Se alguma vez um turista ocidental se encontrar em Moscovo com um rapaz nervoso e desgrenhado que diz ser o inventor do frigorífico eléctrico, não deve tomá-lo por um embusteiro ou por um louco; é muito provavelmente verdade que esse miúdo tenha inventado o frigorífico eléctrico em sua casa, muito tempo depois de ele ser um artigo de uso corrente no ocidente».[2]
Anquilosada numa estrutura de economia rígida, com anemia demográfica[3], sem liberdade de inovação e reflexão científicas. E com os planos – em…
Ver o post original 919 mais palavras